// MODALISBOA MOVE_Day04

//Programa
15.00 – Lara Torres
16.00 – Ricardo Dourado
17.00 – Nuno Gama
18.00 – Anabela Baldaque
19.00 – Ricardo Preto
20.00 – ADD.UP Osvaldo Martins
21.00 – Nuno Baltazar

E eis que chega o quarto e último dia da ModaLisboa; As atenções viram-se para as colecções que ainda não foram apresentadas, e as expectativas não são defraudadas, de todo! Fiquem com o melhor do quarto dia (e, em alguns casos, com o melhor da ModaLisboa).

O dia começou com “Mimesis I: Estudos”, de Lara Torres. Aliando à sua colecção para a próxima estação os estudos para o projecto “Mimesis” (experimental e interdisciplinar, centrado na materialização do objecto e da memória), a estilista elevou o vestuário ao estatuto de arte, dando-lhe uma dimensão escultórica; esta colecção fragmentária, em que cada peça é um pouco da história de quem a usa, desenvolve-se numa paleta de brancos e beges, e algodões, sedas, linhos, lã, látex, porcelana, pele e prata.

A obsessão pela luz, pelos efeitos cromáticos e pelo instante deu o mote para a colecção de Ricardo Dourado. Numa paleta de tons queimados de inspiração retro, num jogo belíssimo de contraste entre o dourado e o vermelho, as peças estruturadas em algodões e sedas criam uma silhueta alongada e, através da sobreposição de camadas, oversize. Não podemos deixar de fazer uma chamada de atenção aos cabelos: a franja está, indubitavelmente, in. Em suma, uma moldura perfeita para mulheres modernas e de imagem forte.


// Nuno Gama.


Numa homenagem ao homem sexualmente confiante, cujo bom gosto o faz ultrapassar as barreiras sociais, Nuno Gama traz-nos a colecção masculina “Fetiche Sport Couture Clube”. Os contrastes pautaram toda a colecção, tanto nos materiais (lãs nobres misturadas com sedas e algodões) como na coordenação das peças, maioritariamente em tons terra, com apontamentos de amarelo. O típico Galo de Barcelos foi reeditado pelo estilista e apareceu em estampagens, aplicações, pendentes, porta-chaves...
Uma espécie de sado maso lusitano! Eheheh

Anabela Baldaque apresentou “Giroflé”, onde quadrados, riscas, xadrez, bolas e flores conviveram alegremente. Todas as peças primaram pela meninice, numa colecção fresca e leve, construída a partir de algodões, sedas e musselinas em cores como o vermelho, rosa, lilás, azul e verde.


//Anabela Baldaque



O momento alto da noite, na nossa opinião, veio com Ricardo Preto! “Fake Empire”, que abriu ao som da música dos “The National” com o mesmo nome, é uma colecção clean, de cortes marcadamente geométricos e silhuetas estreitas nos ombros.
Mike Scott dos Waterboys, os anos 20, a art déco e o documentário dos 70’s “Grey Gardens” foram as inspirações para Ricardo desenvolver este trabalho no qual tecidos atípicos ao corte dão vida a peças de linhas rígidas e estruturadas, em cores como o caramelo, branco, ferrugem, azul gelo e preto.


//Ricardo Preto


Nota máxima para o casaco masculino de estampado tropical e para a música de fecho do desfile. Nota máxima para Ricardo Preto!



//ADD.UP Osvaldo Martins


Por volta das 20.30, Osvaldo Martins toma de assalto a passerelle da ModaLisboa, com uma colecção cujo objectivo é, através da conjugação do formal e do informal, afirmar o indivíduo enquanto ser único e com uma linguagem própria.
Numa paleta de cores sóbrias e desenvolvida em materiais como a sarja, cetim, lãs, vernizes e peles, a colecção, com aspectos de inspiração vintage e artefactos inspirados nos origamis, prima pelo detalhe presente em todas as peças.
Adorámos os bigodes aplicados aos manequins, os canudos judaicos e, claro está, os boxers que desfilaram por último, a pedir aplausos!


//Nuno Baltazar

Nuno Baltazar ficou incumbido de fechar o evento; e fê-lo bem! Com música ao vivo e uma cantora lírica na passerelle, “Divers” recriou os cenários do trabalho de Hoyningen-Huene, um fotógrafo de moda da década de 20/30. As tonalidades fotográficas (preto, banco, sépia) foram as eleitas para a colecção solta e feminina, requintada, feita a partir de uma recriação da haute-couture e repleta de contrastes masculino/feminino, fluído/estruturado.
O toque acetinado das popelinas, linhos, cetins e tafetás de seda pontuados com pérolas e cristais quase podia sentir-se ao olhar para o leve balançar dos tecidos ao som do piano.

Dia 04 - Over!
Moda LIsboa Move - Over!
Ficamos à espera da próxima. Até para o ano.

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