// ModaLisboa|Estoril // Day 02

O segundo dia da ModaLisboaEstoril começou com “L’orèal Paris Beauty Box”, uma exibição dos highlights da marca de make-up para a estação, a cargo da equipa de maquilhagem do AR atelier, de Antónia Rosa. Parabéns a todos os make-up artists!
O primeiro desfile do dia começou já com mais de uma hora de delay; Katty Xiomara, inspirada pelo filme alemão de sci-fi dos anos 20 de Fritz LangMetropolis”, desenhou uma colecção com o mesmo nome, que pretende recriar um futuro imaginado há quase um século atrás. Adaptando os conceitos futuristas do passado ao quotidiano, Katty foi buscar a “Metropolis” os metalizados e ou dourados, re-interpretou formas mecânicas com o mood cute a que nos habituou, numa analogia à luta Humano vs. Robot que o filme explora.
O exagero subtil dos volumes, o oversized, os detalhes simultaneamente decadentes e elegantes e o mood masculino revisitado com uma feminilidade característica da estilista juntaram-se a um jogo de contraste e harmonia entre cores metálicas, que podem dar corpo ao brilho ou à escuridão. As modelos, calçadas com Melissas de salto alto maracaram o ritmo daquele que foi, para nós, o ponto alto do dia!



//Katty Xiomara

Ricardo Preto subiu à passerelle já depois das 21h00, com “Hubble”, uma colecção de inspiração retro-futurista e tribal em jogos de ilusão óptica. Também para Ricardo, a sci-fi e o passado foram inspirações para o Outono/Inverno’08/09; deste antagonismo nasceu uma silhueta resultante da combinação entre o corte clássico minimal e a fluidez do passado e a techno-couture, de linhas geométricas estruturadas.
As caxemiras, algodões, sedas, lãs, vinis e malhas transmitiram esta ambienção techno sem, no entanto, deixarem de ser confortáveis. Quanto a cores, bom… o Rei foi (teoricamente) a não-cor: o Preto!
Citando o designer, “Black is the color!”


//Ricardo Preto

O último desfile do dia 02 da ModaLisboaEstoril ficou a cardo de Alexandra Moura. O ponto de partida para a colecção foram as manchas de tinta simétrica de Rorschach, usadas na psicologia projectiva; tal como as manchas, também a colecção de Alexandra pretende ter um papel de sugestão e levar cada um a interpretar de maneira diferente a colecção, de acordo com a sua personalidade.
O verde, o bege e o cinza acompanharam o preto (em notória maioria), muitas vezes adornado com o brilho dos tecidos acetinados usados pela designer, que, lado a lado com jersey, fazenda e malha deram corpo à colecção. As silhuetas fluidas e estruturadas destacaram detalhes de simetria (mais uma vez, a lembrar-nos as manchas) e marcaram os ombros, num mood ambíguo entre feminino e masculino e a preocupação e o rigor técnico com os volumes desenharam com cuidado os corpos.



// Alexandra Moura




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